Poemas : 

Apenas Sinta-me

 
Tenho sede da vida;

Não anseio acertar o alvo sempre;

Quero obedecer a mim mesmo;

Não tenho senhores, não temo senhores;

Não sou um homem triste;

Por, meus desamores;

São eles que alimentam a alma vazia;

Pois, o amor é vazio, tão vazio, que cabe muita gente dentro;

Tão cheio que transborda, A mentira que carregas dentro de ti;

Como se pode sentir falta de algo, que nunca possuiu;

Como se pode saber, que o espinho que perfura a carne é doloroso;

Antes de senti-lo, na pele, na carne, cravado até os ossos;

Somos feitos de pedaços, que foram juntados, ao longo dos anos;

Uns sorriram mais outros sofreram mais;

Sempre mais, sempre mais;

Porque o mais, nos faz pensar que nada é pequeno;

Olhem para mim;

Eu escrevo, para ouvir minha alma chorar;

Muitas vezes sorrir;

Rasgo as folhas das poesias, como se precisa-se emendá-las novamente, como se juntasse a mim mesmo;

Ainda não encontrei o motivo e o lugar;

Onde eu não precise de motivos, onde os sentimentos escorram de mim, e os desejos não precisem de vontades;

Não preciso que deixes o caminho livre, para mim, sei me desviar;

Apenas não me diga vem por aqui;

Muitos podem não me entender;

Basta saber usar, não, a sua inteligência;

Apenas sinta-me...


Marcio Corrêa Nunes

 
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marciocorrea
 
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