Já foste tarde;
Nem descobriu meus segredos;
Sou feito de eras;
Vou e volto, em um piscar de olhos;
Já foste tarde;
Nem soube, que me descubro sozinho;
Não sinto frio;
Pois, meu corpo é quente;
Já foste tarde;
Mesmo que ausente;
Sem desembrulhar o presente;
Sorrio mais ainda, contente;
Quem dera foste eu;
Como quem fostes tu;
Sem temer as tempestades;
E os ventos que levam embora a alma;
Já foste tarde;
Para amar as pessoas;
Para escutar uma música em volume alto;
E gritar para que todos ouçam...
… Não confio em vocês.
Já foste tarde.
Marcio Corrêa Nunes