Poemas : 

Para Camões V

 
Esgrimindo o porvir com sapiência
Mutilado pelo desdenho da consciência.

Por entre tormentas que não se esquecem
Em que soaram trompetas de glória,
Resultados da colossal força perdida.
Infindáveis atalhos do conhecer
Guardados por destreza desconhecida,
O cheiro das batalhas sem vitória,
Sofrimentos que daí desvanecem.

Embala-se a vida no cantar do ruysenhor.

Grito de revolta por desprezar amor,
Um dia esquecido pelos sentimentos,
Enfermidade aleitada no desconhecido,
Resenha dos passos que foram dados.
Resenha de um coração sofrido,
Amantes, loucos, peçonhentos,
Suicídios de almas sem valor.

Escrevem-se bárbaros testamentos,
Sequelas em pirâmides antigas,
Faraónicas, a sangue pintadas,
Orgasmos da rude história,
Resquícios em papel queimado.
Calígulas infelizes e donos do fado,
Asquerosos, de vida inglória.
Demências por mãos ceifadas,
Ostensivas palavras amigas
Seladas em cruéis julgamentos.


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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Enviado por Tópico
Vera Sousa Silva
Publicado: 25/02/2008 15:37  Atualizado: 25/02/2008 15:37
Membro de honra
Usuário desde: 04/10/2006
Localidade: Amadora
Mensagens: 4098
 Re: Para Camões V
Volto-te a dizer que esta tua ideia é soberba!
É um prazer ler-te!

Beijo


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 26/02/2008 18:11  Atualizado: 26/02/2008 18:11
 Re: Para Camões V
Parabéns. Original e criativo. Tem todos os requisitos para não ser "lido",
h@p