O coração palpita ardente de desejo,
a respiração embola, o cérebro responde
capitoso; passos trôpegos. Tudo esconde
uma vontade incontrolável, é o que eu desejo.
Anseios devastadores da alma, prevejo
tempestade insana, levada no bonde
da vida, do existir mundano que por onde
passa provoca alvoroço. Tudo isso invejo.
Objetos de cobiça: dinheiro, sucesso,
fama, amores proibidos, destroços não críveis
de uma mentira possível. São fases, processo.
Ambições perdidas são esteiras desdentadas
que rangem sons lamuriosos, tristes, prováveis
decepções e assim terminam: sós, encantadas.
SONETO EM HOMENAGEM AOS NOSSOS DESEJOS, NOSSAS AMBIÇÕES.