Poemas : 

O Dedo Do Destino

 
Chegaste no dia em que parto.
Que maldade nos fez a Natura!
Como o dedo do Destino é ingrato!
Unir duas tão distintas criaturas!

Pela janela já vejo caindo a neve
Polvilhando o relvado lá de fora.
Tudo me parece tão suave e leve
Justo agora que vou-me embora.

Tu tens ainda toda uma primavera
A tua espera lá fora para ser curtida
Feito borboleta volteando no bosque.

Sinta dos meus lábios o último toque
Estarei em algum recanto a tua espera:
Agora cálice a minha voz e a minha vida.




Gyl Ferrys

 
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Enviado por Tópico
Eureka
Publicado: 07/02/2016 11:22  Atualizado: 07/02/2016 11:22
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 Re: procuro-te a outra face. sei que nela o sol floresce. tinteiro d'oiro às vezes a face virada ao recreio. palco de maçãs bailarinas
Bom dia Gyl,

Parabéns pelo seu soneto "O Dedo Do Destino".

Todo o soneto versa um mimo de expressões e palavras enlevadas em sentimentos da estima e bem querer que o poeta lhe empresta a tornar a leitura num momento delicioso.
Gostei imenso

Um abraço
Eureka