Quem forjou o teu inverno?
Cheio de mágoas cravadas pelo tempo
Que te levou ao sofrimento eterno
E aos sonhos levados pelo vento.
Tudo a tua volta está congelado
Pela tristeza das tuas lágrimas vidradas
Criando um paraíso encantado
Só visto em contos de fadas.
Paraíso em que és prisioneira
Onde não consegues libertar
E a vida de forma fria e traiçoeira
Petrificou o teu triste olhar.
E o teu coração de uma forma desesperada
Tenta quebrar a inquebrável corrente
Que prende a tua alma gelada
As recordações d´um verão distante…
José Coimbra