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Solidão Infinita

 
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Solidão Infinita

Subo o monte
e perco meu olhar
na encosta verde
ondulando na brisa.

Mais além, no vale,
fixo-me no casario
de pedra anosa.

Tudo descansa,
no cume estival
fustigado do sol
impiedoso do sul...

Desço, lentamente;
embrenho-me na mata
procurando sombra
e aliviando meu penar.

E as aves silenciam
a sua inquietude
face ao desconhecido...

Perto, o rio murmura
baladas de coaxar
e no serpenteado
da sua serenidade
toco com minha mão
no seu dorso frio.

Em concha, levo
água fresca, ávido,
a meus lábios secos.
E na solidão do lugar
me desnudo
e lanço meu corpo
fremente no agradável leito.

Mas outra solidão
me tortura mais ferina...
Neste paraíso natural,
Tu, estás ausente!


Poet@ sem Alm@
João Loureiro


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Poeta.sem.Alma
 
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