Saiba que sou um autor leigo
Que em versos te cantar sabe
Mesmo que a inspiração acabe
Num poema de merda ou meigo.
Sendo, exijo paciência e respeito
Que se sinta lisonjeado com o texto
Eu não uso de artifícios, de pretexto
Para homenageá-lo do meu jeito.
Uso versos forjados da minha lavra
Por vezes busco os clássicos antigos
Não creia que somos arqui-inimigos
Quando há batalha a arma é a palavra.
Nem todo poema que teço te pertence
Nem todo texto que crio é de deboche
Não sou títere,mamulengo ou fantoche
Nem toda guerra que se entra, se vence.
Então não me recrimine pelo que penso
Não vista roupa que, talvez, não seja suja
Aja com sapiência, abuse do seu consenso
Do Campo de marte, por favor, não... Fuja!
Gyl Ferrys