Medito até nas coisas não escritas
numa folha de papel em branco tão banais
Remendo os mesmos silêncios por onde hiberno matinal
Aprumo aquele bocejo deixado na corrente da vida
arguta e passional
fugindo-nos no rascunho do tempo
compulsivo e casual
assim que deixo a vida inventar-se
passageira, reciclada e tão cordial
Vou desabotoar o dia e fazer soar o eco
das palavras forjadas em conversas
banais
cicatrizando este poema inquieto
ocasional
quase, quase em estado terminal...
FC