Sonetos :
Valas comuns do esquecimento
Maldita forja dos grilhões que acautelam as almas,
mantida pelas chamas do ar vertido dos precipícios,
trapos de derradeiras nuvens pendentes qual talmas
do orbe esmaecido este já enfraquecido pelos vícios.
Apenas persiste a névoa cerrada entre as resedás
sobre as sepulturas cinzentas de pedra por arrimo;
ali vagas pesadas do mármore fundido por Satanás
derretem rochas antes cobertas pelo verde limo.
Não haverá sequer as estrelas que no céu os marcos,
desta jornada sinistra pelo triste caminho funesto,
abertas as bordas grisadas dos mausoléus arcaicos.
Depois de cerrado o féretro sob a laje ao relento,
sem almejar haver qual a um Lázaro o mesmo gesto,
serão as sepulturas valas comuns do esquecimento.
No funesto ensejo gostaria de deixar o link para o meu primeiro livro de poemas sombrios e para o fanzine "Soturnos" do qual sou colaborador.
http://www.bookess.com/read/25084-50-poemas-em-tons-cinza/
http://static.recantodasletras.com.br/arquivos/5508049.pdf
Sombrias saudações a todos
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