CIRANDA DA MORTE
MOTE:
Rodamos de mãos dadas, eu e a morte,
Sem ter quem nos lamente, nem conforte.
GLOSA:
A morte não liberta dos conflitos
Ou das contradições vistas em vida.
A morte é uma paz oferecida
Àqueles que desceram a interditos
E a quantos a prefiram por malditos.
Eu entre estes me vejo -- tão sem sorte!... --
Que em roda giro e, sem sair do lugar,
Convido a própria morte p'ra dançar...
Rodamos de mãos dadas, eu e a morte,
Sem ter quem nos lamente, nem conforte.
Betim – 19 01 2016
Ubi caritas est vera
Deus ibi est.