um pintor de rua cresce flores na calçada enquanto pés descalços pisam espinhos; seus pés sangram orgulhos, e moedas de gelo
caem para derreter num uísque barato.
um pintor de rua voa passarinhos na calçada enquanto pedras soltas guiam o caminho; dedos que nunca tocam, apontam, a esmo, não as flores, não os passarinhos, mas um deus.
um pintor de rua se deita na calçada sem tinta e, esboçando um sorriso, borra vermelho ao seu redor; olhos atentos vêem a tela que o pintor usou para pintar a despedida, com flores e passarinhos.