Siderado fantasio
inusitado encontro com Cupidos,
a meio caminho exato
das portas de um paraíso sem aldravas.
Lépidos largam arcos e aljavas,
correm comigo
até a borda da terra mágica.
Então,
arquiteto ver que há um céu,
berço de inconcebíveis recursos
onde os limites são tênues,
avisando secretamente a lua
que venha leda
embelezada com cílios de prata.
Visualizo presumindo o silêncio
entre carícias e acenos,
imagens aparadas de toda acrimônia,
talvez emanadas dos vapores do vinho
bebido serenamente sem parcimônia.
Presumo que de tudo
que há nos nós emaranhados,
às vezes,
pela complacência somos governados.
Cogito amar simples e serenamente
concebo sonhos prevendo a luz,
imaginando jamais haver a destruição
até que entenda o que represento
acima e além da própria vaidade vazia
quando ao teu lado atua quem ama.