No decorrer da vida, tecemos sonhos de variadas espécies, de inúmeros modelos. A cada determinada época, são adaptados, de maneira que, se encaixem dentro do contexto momentâneo.
Sonhos de infância, onde tudo pode acontecer, quando as fadas e duendes povoam o pensamento, tornando verdade tudo que existe dentro da mente.
Sonhos juvenis, quando a ilusão toma conta dos sentidos, elevando os sentimentos até as estrelas, e ali, edificando o castelo que os abrigará, longe do alcance da bruxas e madrastas, dos Romeus e das Julietas.
Sonhos adultos, vislumbrados dentro de uma bruma que ofusca, com os espessos véus da paixão, a vida a dois, onde somente é permitido, o pensamento que vem do fundo do coração, figura carismática que tem ouvidos sempre atentos, para ouvir as doces juras de amor, mas tem também o formato de ombro amigo, quando essas mesmas juras sofrem perdas, parciais ou totais.
Sonhos maduros, quando já se tornaram verdadeiros, e não são mais tão vigorosos, tão “calientes”, como outrora. Essa realidade, várias vezes, nua e crua, deixa vir à tona, fatos que, não foram meramente passageiros, deixando marcas internas invisíveis a olho nu, na maioria das vezes, bem profundas.
Sonhos na melhor idade trazem um resumo passado a limpo da vida, com as rachaduras provenientes das dificuldades jamais sonhadas, mas que, infelizmente foram inseridas no Currículo, para não deixar esquecer que, apesar de imaginar-nos donos de nosso destino, bem acima de cada um de nós, existe nosso Pai, criador de todas as coisas, que traçou nosso destino, com todos os caminhos e sonhos, nos dando vida suficiente para trilhá-los com segurança.