As vestes negras das viúvas
De falsas lágrimas cintilantes
Despem-se agora sob a Lua
Que jaz no mármore polido
Seu nome na lápide, já sumido
Arrancado com pedras de rua
Das pardas almas errantes
Dos ventos, das chuvas
A noite chega-se vergonhosa
Sem luz, sombria, cega
No silêncio do medo
Uma semente
Tudo agora é gente
O dia morreu mais cedo
Num adeus que se renega
No cheiro fétido de uma rosa
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma