escrever parte de mim
em papel que não sou
e um dia acordar
num poema com sentido,
o branco me traduz
é onde semeio
sentidos pontos negros,
rimas que ficam para sempre
no papel, em branco.
e eu, só
reflexo de uma folha
onde o sentido
vai alem do que não se vê.
vai alem de mim
vai alem do branco.