Eu parado na esquina da memoria
espionando os meus pecados passados
como um biologo louco vasculhando a origem vida
lembrando da amada que tanto amei
dos rios e mares que nunca naveguei
das ruas e praças que vejo
nas fotografias amareladas da minha mente obscura
Um dia quem sabe, talvez eu fuja disso tudo
não sei como, mas irei descalço e despido como São Francisco de Assis
num crepúsculo azul pela estrada do universo