No mostrador
um infinito
em cada hora,
uma badalada
Punhalada
de bem-querer,
um grito de dor
permanente
Cada volta
do ponteiro menor
é trovoada,
uma revolta,
um raio
que atinge a alma destroçada
e a mente
A brisa
da serra retorna
o eco da voz embargada
como um projectil
de guerra,
que finaliza
no espírito frágil
e doente
de errada
esperança atroz
Não sou poeta mas, quem sabe, um dia escreverei
um texto que (pela persistência e sorte) possa ser lido como poema