Sigo o latido dos
silêncios que correm
em debandada
Desperto no dia
insurgindo-me no valsar
de tantas gargalhadas que
teu sol irradia
Renova-se cada milagre
saltitando em sinfonias
doidas
sem rédias
silenciosamente selvagens
deambulando neste poema
ancorado em rebeldia
Descanso por fim
enfeitando a noite
estupefacta
tão solitária como a hora
que se despe no tempo
quase intacta
O perfume que o dia tece
em tuas pétalas trajadas
de primaveras
inunda de cor
as constelações docemente
iluminando todas as essências
viajando na minúcia deste poema
caiado de alegria
onde albergo a meiguice
ensurdecedora de um beijo
imergindo
delicadamente em ti
em soluços condimentados de euforia
que num instante breve
latindo
a todos embebeda e inebria
FC