Aos albores de um novo ano
As baladas dos sinos
Ou dos relógios nos torreões
Anunciam solenemente a passagem
Do ano velho para o ano novo
Lembrando que o término de cada ano
É um marco na prolongada via da vida
Cada ano, pois, um marco
Cada marco um ponto de referência
Nas profundezas do espaço
Os astros
Em suas dilatadas órbitas
Então...
Contemplamos
De cada ponto de referência
Por sobre o mar da vida
Ora no negro escarcéu
Ora no azul da calmaria
Ponderando as derrotas e vitórias
Devassando as brumas do futuro
E a vida, ludíbrio do momento
Que passa
Sopra
Segreda aos ouvidos
A brisa sussurrante
Suave
E perfumada
Que há de cair na boa terra