Sonetos : 

Soneto dos regalos de escândalos

 



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Só foram os regalos de escândalos, à vista de céu opulento,
há nuvens, remoto olha imoto verso de inspirado sustento.
Embalos sob som de zumbidos, estalo convidativa sensual,
brota do esgoto, olhos e mente, de caráter ignoto, desleal.

Talo do ódio cego sobreviverá, anômalo de escuro convento,
quisera fosse o voto, hábito devoto onde nada acrescento;
nas ágoras se erguem vassalos, no intervalo aberto lateral,
perdido Dédalo recende sândalo ao som do címbalo capital.

No ar de azoto, terremoto sacudindo céu roto com apetite,
expectativa de antídoto não ceifando broto ao final limite,
extravase suas baldas no halo, catre vil de todos os medos.

Se manirroto falo, véu de gafanhotos, escroto inexpressivo,
se cambono, se cavalo medroso e ralo, mantenho porte altivo;
aos resvalos da terra nua, calo... E loto nos valos os segredos.


 
Autor
ReflexoContrito
 
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