ENCANTAMENTO
Buscando o modelo ideal para viver um romance a dois, perde-se muito tempo. Essa busca sofre mudanças com o passar dos anos. O que era ideal aos 15 anos, deixa de sê-lo aos 30.
Em cada faixa etária, o peso desses valores emocionais muda. Na juventude, a alma sonhadora fantasia o príncipe encantado recentemente saído de um meloso conto de fadas. Tudo é lindo, sem preocupações, que não envolva os sonhos cor de rosa da mocinha. A abordagem do momento é só em relação às garotas, porque, garoto tem valores bem diferentes.
A vida vai passando – ela não estaciona como um carro, um trem, ou mesmo talvez como uma boa música, que você pode ouvir agora e repeti-la mais tarde, quantas vezes lhe prouver – e com ela trás sintomas de amadurecimento, dando um sabor mais forte aos sentimentos. É a partir daí que vão entrando novos valores no quesito “ideal”.
Aos quarenta, na fase madura, busca-se a perfeita sintonia no parceiro, que se acredita, ser o por par romântico por um longo tempo. Gosto musical afinado, romântico, baladeiro, boa praça, amigo para todas as horas, enfim, uma agradável companhia.
Toda dificuldade advém, entretanto, de encontrar essas e outras tantas qualidades inseridas em um só vivente. Esse, certamente, tem também seu grau de exigências para reconhecer em você a parceira ideal, segundo seus preceitos.
E por aí vai, desde que jamais se perca o encantamento de sempre idealizar o par perfeito, a alma gêmea, mesmo que o tempo, inexorável, passe e essa busca não se concretize. O que importa, de verdade, é ocupar as mente com sonhos, e que sejam grandiosos talvez tão altos que pareçam impossíveis. Só pareçam, porque você terá todo tempo do mundo para torná-los verdadeiros.
NEVINHA