Por vezes tento dissimilar,
não posso esconder a dor.
Agradar a alma inquieta
apenas com lembranças,
emoções evanescentes
ainda que na memória recentes,
dos últimos acontecimentos.
Insone,
esperando nascer o sol,
aguardando na aurora carmesim
um ramo de oliveira,
mantendo a alma ansiosa.
Como a chuva que lá fora
tamborila sobre as vidraças,
a água que verte do teto
encharca sentimentos arraigados,
como se lavasse a pedra do túmulo.
Deixo passarem as horas
calmamente elas se vão
quedando-me a olhar o passado
com olhar saudoso, contrito,
sequioso da remissão .