Poemas : 

Tão perto de ti

 
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Tão longe, mas tão perto de ti!
Senti o teu perfume purificador, a impregnar o ar, naquela cidade berço, onde a beleza da musa mística e nostálgica, entregou os pensamentos ao vento.

Queria ser a razão desses pensamentos angelicais, cuja áurea de anjo te transportaram para lá da tua alma!

Senti todas as palavras que sussurraste, tímidas, repletas de paixão. Vesti a personagem de um fantasma cujo corpo usei, deliciando-me com os teus versos. Deambulei ocultado pelo arvoredo do meu espírito, mergulhando nas margens do rio, cujas águas se renderam aos teus encantos!

Fiquei petrificado, maravilhado, saudoso, vendo-te, mirando-te, alimentando-me de um amor que à muito não senti!

Sem que o soubesses, fiquei especado, imóvel, esculpindo cada pormenor de teu corpo, adorando as tuas curvas de deusa, acariciando-te os cabelos, olhando-os, amando-te!

Inocenta a luxúria de um homem, cujo sangue ferve descontrolado nos píncaros da paixão ilusória de uma mente doente, louca por amar!

A neblina rendeu-se a uma beleza bafejada pela mão da mãe-terra, cuja presença majestosa, a fez dissipar-se, esgueirando-se pelas ruas da cidade poética, cujos versos ecoam nos poemas escritos na história das vidas passadas, lambendo as feridas de amores não correspondidos!

Sim, podes chamar-me cobarde, tive medo, um medo irracional, um medo pensado, não sentido.

Ver-te no teu palácio, mirando a cidade …

Perdi-me nos temores da mente, receando que não me quisesses, perdendo o momento de te ter! Mas … ainda me quererias?

Sangro, estives-te tão perto, temi, vi-te, senti-te tão minha.
Maldição, esta dor não se extingue, arrasta-me para uma vida utópica, balançando-me num limbo existencial inexistente … existente apenas em mim e na caverna oca de um coração perdido!

Sim, amo-te!
Perdoa a cobardia de um ser ilógico.
Mas, não és minha, és uma deliciosa lembrança, uma musa que me aconchega os dias frios da mente.
Sara em mim as feridas de uma vida estéril!



João Salvador

 
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Salvador
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