Chegamos a 2016! Ouço esta expressão e perco-me no pensamento…
Chegamos como se fosse uma viagem marcada e comandada por nós!
E não será?
Em parte sim. Em parte não.
Chegar a um ano não é uma chegada, é um ponto de partida na contínua (in)certeza que é viver todos os dias!
Estar vivo em todos os dias é uma passagem contínua, uma celebração porque há vida.
Um ano é um marco de contabilidades com hábitos em rituais que já se tornam banalidades das passagens de copo na mão em brindes onde se fala de união…
E será que hoje chegados a 2016 ( como dizem) em poucas horas ainda construímos esse brinde de união, ou não?
E daqui a uns meses já nem há lembrança desta balança onde hoje não meditamos com a realidade na frontalidade de olharmos verdadeiramente para os balanços.
Questiono os balanços do nosso íntimo sentido de vida…a materialidade das coisas é perecível…o nosso íntimo é eterno…a nossa vida é uma joia…como a usamos, a quem a damos e como damos é o supremo valor da mesma…
Onde erramos?
Eis o ponto pouco focado por todos…onde erramos?
Só tomando o erro na mão dos balanços podemos de facto brindar a uma amanhã melhor…sem se olhar os erros nunca vamos melhorar…
Não se avança sem olhar e ver…Não numa passagem de contabilidades mas uma passagem com Vida na Vida que Somos, porque Somos e nela mais que Viver fazemos Vida!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...