Do céu descem fios de água
num Dezembro que se despede
em embrulhos do tempo
para a renovação dos equinócios…
O olhar perde-se na janela
vestida de fria água,
o rosto aconchega a memória
em balanços sem ambição…
O coração canta
nos segredos do vento
nas danças que o destino
oferta numa balança
que também ela dança
em busca do equilíbrio
constante de tudo
Em nada…para o nada voltar
ao lugar da sede
e tudo recomeçar
nas partidas
e nunca nas chegadas anunciadas!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...