A ALEMOA
Tinha os olhos azuis e a pele branca...
Os cabelos, tão louros quanto o trigo,
Emolduravam seu sorriso amigo
E aquela mirada entre ávida e franca.
Inopinada, o riso sempre arranca
À custa d'algum chiste bem antigo
Qual tentasse ocultar todo o perigo,
De sua alva beleza em vã carranca.
Mas não era alemã, sim pomerana...
Diferia ela sempre, a capixaba,
A florescer em praia sulamericana.
Para a bem contrariar, fica alemoa!
Que era ainda mais bela de tão boa
E cujo encantamento nunca acaba.
Ilha de Guriri - 25 12 2015
Ubi caritas est vera
Deus ibi est.