Confesso
hoje
no silêncio da noite
com o luar a beijar os meus sonhos…
Confesso
ao caderno
o vazio do meu pensamento
a inquietude que habita em mim
quando olho o mundo!
Confesso
todos os dias questiono
o que me rodeia
Olho
olhos nos olhos
os rostos (des)conhecidos
que por mim passam
Passam
e tantos ficam
dentro de mim, em imagens nítidas
de perguntas…questões!
Inquieta-mente
vivo o que me rodeia
Confesso
é na folha branca
que invento respostas
para entender o mundo…
E nunca
o vou entender, nem compreender,
nem desistir de o questionar
Confesso
hoje
com o luar a beijar-me os sonhos
que o mundo habita
em toda a minha inspiração…
Confesso
inquietação
no pecado de um coração
que anda sempre na mão
numa confissão sem razão!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...