Acabou-se o Natal e o mundo continua em festa. O período festivo só terminará em Reis, quando se comemora a visitação do Messias por todos os povos da terra, e o cristão sabe, no fundo do seu coração, que a boa nova é para todos. Entre uma comemoração e outra há a passagem do ano civil, nesta festa faz-se o balanço das experiências que foram, e projeta-se a expectativa sobre as vindouras. Eu fui criado no interior, e a agricultura faz parte da minha cultura; quando se termina uma lavoura se ara a terra, renovando o solo para a que virá, e semeiam-se as esperanças na terra removida. Muitas vezes a adubação daquela plantação que foi, auxilia na brotação da que virá a vida não é diferente. Deve-se encarar as experiências amargas, as dificuldades, como um adubo, uma experiência a mais, que auxilia na esperança de uma boa colheita. Se só olhar-mos o hoje, sempre olharemos para o chão, na roça é assim, e teremos sempre a cabeça baixa, sem ver-mos a chuva que virá a esperança que brotará de nossas idéias, e a certeza de estar-mos construindo um mundo melhor, só consegue isto quem olha para frente, para o horizonte, para o futuro e procura no amanhã a razão do existir agora!