Beijo de Outra Boca
Tão densa é a neblina da noite
Que os sentidos do abismo emergem
Imensa a imensidão dos olhos tristes
Das tristezas que os teus olhos carecem
Rodopio da dança em volúpia ardente
Embriaguez da alma na louca loucura
Arde e queima tão quente e de repente
O amor explode em nuvem de ternura
Mas morrem e evaporam pelos caminhos
Mas morre sorrisos, maldito destino
Sombras furtivas destroem o teu ninho
Tu vês o tempo parar como a desgraça
O divino se perde no tempo que passa
Engasgar o ódio maldizer o descaminho
Sufocando todo amor, e acabar sozinho
E o que resta é roubar sentimentos
Os Sonhos e os desejos
Ser como pesadelo, viver com o beijo
De outra boca
E no amor, na ânsia louca
De outros pensamentos.
Alexandre