Prometeste fantasiar-me
as noites com luzeiros
matizados de poesia
iluminando meus silêncios
lúcidos
deportados no equinócio
primaveril
onde germina teu celeste
horizonte remisso
alinhando-nos em bailados
de amor…com arte
de um sorriso que
feliz
eu sei
tantos,extasia
Prometeste desmascarar
o tempo onde nos comprometemos
aliciando a vida
plagiada
com rimas e ritmos lavrados
ao sabor da essência que
perfuma nossa solidão
espraiada em actos conciliados
de amor em conspiração
Recorremos num ápice
à poesia que nos revela
observando a criatividade
onde edificámos nossas existências
proliferando em cada palavra
asfixiada numa
estrofe trajada de
suspiros sorrateiros
desabrochando breve
em tangentes de pura longanimidade
Na poesia
mora toda minha solidão
reportada na fissura
do tempo
onde colho todos os lamentos
deixados na excentricidade
chorosa de um sonho
atiçado…em deslumbramento
Em cada noite que restar
repartiremos a elegância
num gomo de luz
até esta se fazer em
novos ciclos de vida explícita
predestinada
escrita nesta ortografia
grávida de contentamento
FC