Pintaram-lhe os sorrisos a mil cores,
A alegria desenhada por tanta loucura,
Seus olhares salivados por lágrimas,
Pelos sonhos de uma criança pura
Descalços em caminhos predadores.
Roubada da vida toda a inocência
O querer ser... sem dizer, viver!
Um dia de paz, cem anos de guerra
Sem pai, sem mãe, sem crescer...
Morreu um dia em cada infância.
As espadas cortam a última vontade
Os Homens deixam de ser gente
As armas cantam as últimas baladas
O corpo esquece tudo o que sente
Faz-se noite, noite de saudade.
A pele já engelha em parca idade
As pernas cedem ao horizonte cego
O chão cinza foge louco por aí
Pedaços de liberdade que nego
Assim, morto de verdade.
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma