Poemas : 

Natal Debaixo de Armas II (reedição)

 
Pintaram-lhe os sorrisos a mil cores,
A alegria desenhada por tanta loucura,
Seus olhares salivados por lágrimas,
Pelos sonhos de uma criança pura
Descalços em caminhos predadores.

Roubada da vida toda a inocência
O querer ser... sem dizer, viver!
Um dia de paz, cem anos de guerra
Sem pai, sem mãe, sem crescer...
Morreu um dia em cada infância.

As espadas cortam a última vontade
Os Homens deixam de ser gente
As armas cantam as últimas baladas
O corpo esquece tudo o que sente
Faz-se noite, noite de saudade.

A pele já engelha em parca idade
As pernas cedem ao horizonte cego
O chão cinza foge louco por aí
Pedaços de liberdade que nego
Assim, morto de verdade.


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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