O bêbado Numa tarde quente de sábado Pessoas e carros transitavam Todo mundo estava ocupado As pessoas sequer se olhavam.
Na calçada estendido um bêbado Parecia dormir o sono da morte Ou simplesmente estava desmaiado Um ser humano a mercê da sorte
Quem seria mesmo aquele ser Que fizera da bebida sua amada? Por que escolhera assim viver, Estirado como morto na calçada?
Mas ele realmente estava morto Para a sociedade que ali passava Nem mesmo um único olhar torto E ele imóvel na calçada continuava.
Ele como tantos outros tinha história Mas em que lugar estaria guardada? Será que alguém a tinha na memoria Ou aquela altura tinha sido apagada?
É triste ver homem confundido com animal Perambulando nas ruas , sem morada Parecendo um zumbi ou animal irracional Sem família, dignidade sem ter nada.
Lucineide
A poesia corre em meu sangue Como a água corre no rio Sem ela sou metade de mim Meu nome é fruto de poesia.