Poemas : 

Quanatos Natais - Lizaldo Vieira

 
Quantos Natais – Lizaldo Vieira
Pra juras de amor eterno
Sem roubo de sonho
Natal proibido
Nas favelas sem janelas
Dos doces presentes
Da gente descartável
Mundo ignorado
Tudo é global
Para a lógica do mercado
Todo prova
Desaprova
Reprovação
Violações
Passa aqui
Tá ali
Bem do lado
Ninguém enxerga
Pois manipula
O certo
Tá errado
E dissimulado
Faz de conta
Não é da conta
Não soma na lista do pib
O verdadeiro amar
Sem lado
Negam tudo
Um bom dia
Boa noite
Até o bocado
O pão encolhido
Engolido seco
Migalhas que sobraram
Prato negado
Favor mais urgente
Em tempos diferentes
Cadê condolência
Nos hospitais
Falta gente
Com boa vontade
De senso humano
Tem sobra de desordem
Disparates de caráter
Arrogância
Imprudência
Intolerância
Vingança
Aos pobres
Índios
Negros
Direitos negados
Tristes provas de desamor
A noite de natal
Com troca de papeis
Menos cristão
Mais papai Noel
Presentes de missa encomendada
Prova de amor
Não há
Tudo é comercio
Pra vender mais perus
Esqueceram de elevar uma prece aos céus
Construir a manjedoura
No coração de pedras
Onde está o menino Jesus
Belém é apenas um detalhe
Falta tempo para o amor
Sem preço
Com apreço
No seio da família
Tudo é faz de conta
Desunião
Ódio em todo lugar
Violência aos borbotões
Onde plantar a arvore
Do natal sem muros
Isento da dor
Natal sem trotes
Distante dos ibopes
Do ficar bem na fita
Pois na próxima etapa
Tem política enganadora
Pão e circo
Onde está
O verdadeiro espírito natalino
Dos carneirinhos
De Deus menino
Em sua manjedoura
Na grota de Belém
Recebendo o santo incenso
O óleo perfumado
Presente dos reis magos
Quero meu natal sem aparência
Com santa providencia
Para solucionar as dores
E chagas do sistema
que tanto corroí
O nobre papel natalino
Na vida dos idosos
Meninos e meninas das ruas
Moradores das favelas
Queremos natal
De menos propaganda. enganosa
Com muita prova de amor
Cheio de ações humanas
Honestas
Sinceras
Verdadeiras
Concretas
Embalado pelas graças divinas
Com cântico dos cânticos
De puro e verdadeiro amor
Beije-me com os beijos da sua boca
Porque melhor é o teu amor do que o Vinho tinto
Suave é o aroma
Onde as carícias são mais
Forte que a hipocrisia
Dos nossos dias
Nas terras brasileiras
E em toda terra inteira
Por um natal de menos panfletagem
E mais amor e paz
Batemos os sinos
Que todos os lares
Cantemos as musicas
De feliz aniversario
Ao menino salvador
Deus da fé
E do verdadeiro amor


Q U E S E D A N E C U S T O d e V I D A - Lizaldo Vieira
Meu deus
Tá danado
É todo santo dia
O mesmo recado
La vem o noticiário
Com a
estória das bolsas
Do que sobe e desce no mercado
De Tóquio
Nasdaq
São paulo
É dólar que aume...

 
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Lizaaldo
 
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Enviado por Tópico
Atrólogo
Publicado: 22/12/2015 00:25  Atualizado: 22/12/2015 00:25
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Mensagens: 23
 Re: Quanatos Natais - Lizaldo Vieira
Um bello poema, amigo Lizaldo. Aliás como tudo o que escreves. Permita-me dizer que achei um tancto quancto longo tendo me dificultada a leictura a ausência de estrofes. Mas gostei mesmo do tema bem desenvolvido pello amigo