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Um conto de Natal - By Jeff London

 
Um Conto de Natal - By Jeff London

Ano 3126.

Nave espacial terrestre aporta em Épsilon 4256-9, conhecido como planeta Amazo. Pertencente ao sistema binário de Plêiades, e conhecido há quatrocentos anos.
Análise geografológica iniciada pelo mecanismo ônico cristalino do cérebro quantico positrônico:
-> Tempo/Percurso: 443 anos luz.
-> Dimensão planetária comparada: 256% em relação à Terra. Geografologia:
->Três satélites naturais: Dois dos quais mais distantes em relação ao raio natural e uma lua no formato elíptico.
-> 11 oceanos, 26 mares, e seguimentos fluviais indefinidos em número.
->Temperaturas: min. -78ºc máx. 34ºc - Composição líquida de H2O na atmosfera 80%
-> Ar respirável: 76,89% - aceitável.
-> Radiação nociva a sistemas orgânicos: 0%.
-> Flora e fauna: Baseada na clorofila, ciclos energéticos, evolução normal dos musgos até às plantas superiores clorofiladas - predominância dos espectros solares verde, amarelo e azul nas folhas - Caducifólias - Perenes - Gramídeos - -Estepes - Trundas - Taigas - Coniferas.
-> Mamíferos, aves, répteis e outras espécies não identificáveis/catalogadas.
-> Minerais: cristais raros, metais raríssimos, gemas preciosas, rochas variadas, minerais energéticos em 1012%.
-> Espécie inteligente dominante: Seres bípedes sexuados - padrão humano terrestre - adaptados à gravidade planetária, altura média 1,83 m. - Grau de consciência, inteligência, saber, e experiência empírica evolutiva: 714% ao Quociente de inteligência de maior nível humano registrado. Capacidade de armazenamento cerebral orgânico de 1x10³ TB.
-> Conhecimento do espaço contíguo e além: Dominação completa e abrangente da viagem espacial - conhecimento acerca de 7 000 000 de galáxias - conhecimento e observação de um grupo de 12 000 planetas habitados, 256 000 não habitados, nenhuma colônia.
-> Regime de viagem: três vezes a velocidade da matéria escura - Dobra espacial - Supressão do tempo - Manipulação volumétrica da matéria/energia.
->Temperamento psicossociológico: Extremamente pacífico.
-> Conhecimento ou posse de armas de destruição/ ou meios de dizimação em massa: 0%
-> Desconhecimento ou desprezo pelos conceito de guerra, dominação, destruição.
-> Planeta não apresenta divisões territoriais geográficas, ideológicas ou baseada em fenótipos climáticos temporais.

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- Origem! Aqui é Bruma...
- Prossiga nave Bruma!
- Épsilon 4256-9 favorável à colonizção e estadia humana.
- Excelente! Ater-se aos episódios específicos de catalogação.
- Certamente. População pacata... ausência de armamentos.... trazer apenas armas básicas de subjugação e dominação.
- Recebido Bruma!

Um nativo aparece por sobre uma colina gramada, não parece surpreso ao ver a nave espacial flutuando próximo a um morro.
Ele se aproxima e diz:
- Seja bem vindo!
O cosmonauta, experiente, mas, encabulado, responde:...
- Obrigado... Vejo que conhece o meu idioma. E ainda é mais semelhante à minha espécie do que o meu computador pôde supor!
- Por que a surpresa?
- Nos outros planetas não é assim. Existem algumas diferenças...
- Entendo... Sabe, vocês vieram rápido, rápido demais. Nos surpreenderam, não achamos que fossem conseguir, por agora.
- Conseguir?... Do que está falando?
- Digo... a viagem, oras. Romper o espaço, o tempo... O meu povo não achou que conseguiriam tão cedo, mas nos surpreenderam de novo! Passaram habilmente pelo cinturão de asteroides da nebulosa vermelha, e pelo vortéx de energia em Betelgeuse.
- Como sabe essas coisas?
- Por que a surpresa? Sabe que somos inteligentes.
- Sim, eu sei. Mas, nos acompanhar tão de perto...
- Bem mais de perto do que possas imaginar. O cérebro artificial ali dentro de sua nave não lhe contou tudo...
- E o que ele deveria saber?
- Isso não importa mais... A pergunta pertinente seria: Quer mesmo tomar este planeta? Precisa mesmo dele?
- ... É o que fazemos. Mas, não se preocupe com isso. Vamos dividi-lo com vocês. Os seus recursos não serão usados em vão, mas compartilhados! A nossa cultura e a sua serão uma só. A era em que os meus ancestrais invadiam e pilhavam, acabou! Envergonhamo-nos por essa época! Viemos oferecer-lhes o nosso modo de vida, ensinar e aprender como vocês. Temos muito o que dividir.
- Ah sim, o seu modo de vida... Eu entendo, mas, não está realmente me reconhecendo?
- Você?! Eu deveria? - perguntou o cosmonauta.
- Sabe... Sempre achei o seu planeta lindo! Pelo menos, naquela época. Uma linda pérola de vidro azul, quando o vi, pela primeira vez... Havia potencial em vocês! Ah, sim, havia...
- Do que estás a falar?
- Ah menino, é uma longa história... Faz muito tempo, muito tempo mesmo. Cheguei assim como você, na minha pequena nave. Mas naquela época, o seu povo ficou deslumbrado, e era tão inocente, como crianças. Havia potencial, sim havia.
- Eu não estou entendendo!
- Vocês nunca entenderam... E então, Eu voltei depois, num choro de um bebê, porque tudo deve começar numa criança. Como uma semente... Eu, e o meu povo trabalhamos muito por sua gente. Embora vocês nunca tivessem nos entendido bem. Naquela época era preciso guiar-lhes pelas mãos. E veja agora! Aqui está você, longe de casa, através do espaço, e sem precisar de minha ajuda.
- ......
- Três mil anos e não aprenderam nada... É realmente uma pena. Conseguiram chegar aqui, atravessas galáxias sem fim, mas não trouxeram nada de bom.
- Você... Você, disse que voltaria....
- Eu levei-lhes a sabedoria, o amor, e a compreensão. Vocês a usaram para dominar uns aos outros, e ainda usam, não é mesmo? Mas nada está perdido! Veja bem. Começaremos de novo, temos paciência. Sempre tivemos. Voltaremos no tempo, de novo e de novo... Quantas vezes forem necessárias! Até que, um dia, você chegue aqui nos oferecendo amor e irmandade. Até que este passo que você deu, não seja desperdiçado outra vez.
- Você nunca voltou!
- Voltei dezenas de vezes! Mas, como nunca foi o que vocês esperavam, não fui notado. Nunca é o que vocês esperam. Mesmo da primeira vez, não o foi... Mas um dia, irei subir este morro novamente, e aqui estará você...Esperando-me com um abraço. E eu ficarei feliz por você ter atravessado a galáxia inteira apenas para dá-lo a mim. E mesmo eu tendo de voltar no tempo centenas e centenas de vezes, tudo terá então, finalmente valido a pena.


j

 
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London
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 17/12/2015 17:06  Atualizado: 17/12/2015 17:06
 Re: Um conto de Natal - By Jeff London
A prática induz a perfeição como dizem e o importante é:tentar,tentar,tentar,tentar,tentar......................zilhões de vezes sem desistir nem desanimar.