... e quem sabe eu mesmo, o fake que sou responda a mim mesmo...
Fechas-te meditabundo num mundo próprio a divagar, tantos anos obras sem objetivos, sem ideias contidas. Nos divertimentos te contentas em tudo achincalhar, és azougue na vida e honra de pessoas desconhecidas.
Mas serás para sempre só a sombra das horas alheias, tua vida jamais brilhará em luz no medo de reprovação. Em ti ricocheteia incessante o novo, apagas candeias, perdeste as chaves dos sentidos, o poder da novação.
Como o pardal és, que entrevendo a águia nas alturas, continua palreando só, despreocupado dos ministérios, como se a existência própria valesse dos impropérios
Guardas as palavras ofensivas em caiadas sepulturas, indiferentes às ofensas todos negam o teu preceito, orgia mental de festas pagãs onde o Bem não é aceito.
Se soubesse eu escrever um soneto,seria esse igual o seu que escreveria de mim para mim mesma,no mesmo tom e grafia das sua precisas e inexoráveis palavras, porem verdadeiras e necessárias.