havia também uma torre sobre o penhasco,
com um farol emanando feixes de luzes atentas...”
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- No apogeu de atitudes altivas-
Quando ainda jovem, apogeu de atitudes altivas
no auge da existência, de vigores era sulcado.
Para mim não havia mistérios, verdades esquivas,
incrustadas como desagradáveis estimativas,
enojando o clarão das estrelas, nem às ondas do mar.
Se havia nos vastos oceanos e altas falésias,
emaranhados de emoções violentas, sagradas,
havia também uma torre sobre o penhasco,
com um farol emanando feixes de luzes atentas
desbravando a imensidão das brumas lentas,
do alto podia sentir a grandiosidade dos momentos.
Algumas vezes, enfermiças lágrimas caíram
- em virtude talvez de premissas atiradas,
rolaram pelas faces brilhantes de rompantes;
nenhum sentimento de tristeza rompia a calma,
nem a caquexia das horas amenas à deriva.
Sempre podia deixar o coração gritar sedento,
rompendo grilhões de qualquer alma cativa,
liberto das pretensões das falsas premissas,
sem temor de não existir outro alvorecer.
Só os anseios quistos joviais sem estremeções,
motivam a ruptura dessa visão contemplativa,
do temor da escuridão da sepultura ocupada,
afugentando assaques fraudulentos primitivos.
Rompem os medos no vigor da existência tachada,
quando os primeiros raios de sol anunciam o dia.
12122015
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" ...descrevo sem fazer desfeita,
meu sofrer e meus amores
não preciso de receita
muito menos prescritores."