Um urro de um urso no fundo do mundo
Abala a bala que vinha sem curso e rumo
Enquanto um huno unia-se a um outro ser
O serviçal fazia do lamaçal um marrom-glacê.
Na luta prostituta que todos temos que fazer
Na labuta diária que um pária faz ao sobreviver
Um murro no muro do morro onde morro e moro
Depois as lágrimas e rimas das águas que eu choro.
Na tímida palidez da tez da musa eleita por mês
Um sorriso amarelecido intriga um moreno menino
Que não sabe mais diferenciar um cão pequinês
De um gatinho mequetrefe de um outro felino.
O lavrador que com dor lavra poderosas palavras
Faz brinquedo com o medo e com desejos escritos
Unindo o que só se une com rejunte e com detritos
Daquilo que igual a um punhal em mim tu... Cravas!
Gyl Ferrys