Sonetos : 

Doce olor da seiva subitânea

 



Não podem imaginar, nunca se lhes estará na retina,
qual pavor instalado após os crepúsculos nos mortais;
temendo transporem as vielas que o luar mal ilumina
numa ânsia de apressar o retorno junto aos castiçais.

O olor do sangue aguça as narinas, doce e subitâneo,
imediato a outros da grei, iniciamos a peregrinação,
cediço esse existir incomum num lapso momentâneo,
criatura de sombras, em sombras variegados estão.

Na sofreguidão pela seiva que manterá a linhagem,
súbito dos olhos partem qual invisíveis mensagens,
flashes letíficos a paralisarem qualquer movimento.

O alento havido nos becos e vielas após o arrebol,
manterá um dia a vida após a morte de todo o rol,
até que nas brumas vindouras busquem o sustento.

 
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ArysGaiovani
 
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