Teço uma tênue teia tenebrosa
Que enlaça meu coração no teu
Retiro todos os espinhos da rosa
Nos soberbos sonhos de Morfeu.
Então te prendo, Prenda Poderosa,
Nestes finos fios mais fortes que eu.
Tentei um mote, uma ode, uma glosa
Mas foi este soneto que me apareceu.
Minto. Um soneto à métrica obedece,
A forma que o poeta seu estilo manifesta
Nos versos decantados com formosura.
Porém esta Aranha só este fio sabe e tece
Quando enlaça ramos dessa nossa Floresta
Que só se muda com muita, muita Leitura.
Gyl Ferrys