A ROLINHA Uma noite uma rolinha Caiu bem no meu quintal Lá tinha uma cadelinha Que não lhe foi cordial E a pequena avezinha Fugia do grande animal
Ela soltava suas peninhas Estava ficando quase pelada Batia com força as asinhas Ela estava muito assustada Suas pernas pareciam linhas A ave estava muito cansada.
A cadela perseguia o passarinho Como se ele fosse seu brinquedo Às vezes vinha bem devagarinho E a ave pulava rápido com medo Num pulo só peguei o bichinho A cadelinha não mexeu um dedo.
No dia seguinte resolvi levar a rolinha Para onde havia árvores e borboletinhas A ave ainda estava viva, coitadinha Mexia com a cabeça e com as perninhas Fui abrindo bem devagar a caixinha E o pássaro voou com suas lindas asinhas.
Lucineide
A poesia corre em meu sangue Como a água corre no rio Sem ela sou metade de mim Meu nome é fruto de poesia.