Malditos os que vivem na luz, sob o sol sem pernoite,
não se refugiando nas entranhas dos rochedos frios
mas quando caem instaladas as sombras de uma noite
em pânico tremem a vista dos seres de olhos vazios
Ingênuos tecem fantasias sobre o poder de estacas
já preparadas para quando d‘uma eclipse total do sol,
manterem pescoços seguros sob as golas das casacas,
fora do alcance dos caninos brancos após o arrebol.
Pois tremam os mortais ante os viventes das brumas,
os que andam na noite parecem flutuar como plumas,
não poderão ouvir os passos nas tábuas do alpendre.
A qualquer mortal que possa ter esperanças algumas
perca-as deixando que se esvaiam como as espumas;
não pode salvar o corpo, ledo então a alma acendre.