Num dia frugal, sob luz de lamparina, luz artificial,
o cisne levantará toda e qualquer cortina moral,
deixará a sina atual para viver no caminho torto.
Para esse tempo é que ora fugaz me transporto,
num dia frugal, sob luz de lamparina, luz artificial.
Um dia, afinal o freio do desejo estará extinto,
em que pesem dogmas consagrados da doutrina,
num dia frugal, sob a luz artificial da lamparina,
o cisne levantará toda e qualquer cortina moral.
Perdeu ou não achou no meio da neblina o porto,
na esquina privado do absinto na atividade vital,
e chá da china setentrional no córtex cerebral.
Não usa mais se deixar na mesma rotina banal,
perdeu ou não achou no meio da neblina o porto.
Já não se fala mais o nome daquela menina ideal,
não trará desconforto ouvir o mofina boquitorto,
perdeu ou não achou no meio da neblina o porto,
na esquina privado do absinto na atividade vital.
Meditará no horto rural exercendo a indisciplina,
a excrescência geral de página virada até o final,
tão casual foi apenas um figurado aborto mental,
na esquina privado do absinto na atividade vital,
meditará no horto rural exercendo a indisciplina.
Quem tem para si como desporto alçar a colina,
levando afinal no peito a saudade inquilino local,
meditará no horto rural exercendo a indisciplina,
a excrescência geral de página virada até o final.