Poemas : 

Balada do melhor conselheiro dos seres viventes

 






Taciturno batiscafo no fundo abissal a teia de areia tateia,
está nas suspensões coloidais resoluto, sensível ao mercúrio,
da ganga aflita a que se mistura ao ouro impoluto da bateia,
selecionando os funis por ali ressonar mais forte o murmúrio.
Sempre se disse que nesses comezinhos assuntos mundanos,
comum será encontrar uma garrafa azul de cristal no quintal,
bom conselheiro seria um Belzebu, terror de seres humanos,
sorvendo aos goles a vodca, descontado que bebeu o pardal.

Apenas silicatos no quintal, à qualquer tempo o lítio troglodita,
irresponsável o convidado do estio, vadio sentou-se no navio.
Levita no alumínio, como de costume, petalita é boa samarita,
ungido no âmbito do batente vê fora a família unida num cio;
Krishna irá ver, se isso acontecer, ossos dos índios valentes,
nada em mim será para eles hálito da verdade ou coisa real.
bom conselheiro seria um Belzebu, terror de seres viventes,
sorvendo aos goles a vodca, descontado que bebeu o pardal.


Siga a trilha de migalhas como nos contos dos irmãos Grimm,
assustando o cão dos arbustos para as mechas do manuscrito
espere das janelas ebúrneos olhares constantes em marfim,
dormindo juntos não violam o direito, nem quebram o monolito.
Há o direito de dormir – com exceção de pilotos de aeroplanos
depois do almoço, sem azias, sem preocupações à luz fetal;
bom conselheiro seria um Belzebu, terror de seres humanos,
sorvendo aos goles a vodca, descontado que bebeu o pardal.

Os oceanos vaiaram com vontade o insano engano dos tiranos,
iluminados apertaram interruptores das folhas da porta frontal.
Melhor dos conselheiros foi Belzebu, terror de seres humanos,
sorvendo a garrafa de vodca sozinho enganou o pobre pardal.





 
Autor
FilamposKanoziro
 
Texto
Data
Leituras
569
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.