E por sete anos foi d’uma miserável existência,
abandonado à sorte sem guia, de uma pai a mão;
da minha mãe amasiada tinha’ lguma deferência
um dia pergunta-me que tal seria ter um irmão.
Sorri apenas! Entre achando engraçado e triste,
quando disse ‘não”, sequer estranhou meu revide;
Estendeu as mãos aos céus tomando como chiste
quando avistei no dedo um anel que ele não levou.
Aquele brilho misterioso quase que por milagre,
trouxe lampejos de razão à minha alma infantil,
não entendia mais um enjeitado no mundo agre.
Encolhi as mãos de encontro ao peito, crispadas,
cria também o irmãozinho com meu triste perfil.
Por que outro a verter frias lagrimas abafadas?