Tomar bastiões numa cruzada hercúlea, orgulhosos dos feitos,
um só acovardar-se, jamais alguém poderia supor ante refrega.
Jamais temeria, finda a lida arrojada, ocupar solitário leitos,
Tumulo silencioso após atravessar, quem à Virtude se entrega.
C’o prazer obrar pela senda, nenhum maior que mundano anelo,
numa vida de fama ilibada pela noção de saber o Maior Destino,
de mais um que tombou contagiado prazeres por sublime apelo,
cheio de alegria jamais conhecerão o medo, sentir esse mofino
É que fulgem diante desses, forças emanadas do firme caráter,
neste Solo, respira-se a Honra sobrepondo qualquer vil estáter,
o povo altivo sempre tem a noção do que cultivar, bem sagrado.
Quando d’oriente nascituro o Sol caminha no horizonte n’oeste,
num zênite incide na sepultura iluminando a mansidão do cipreste,
na Pátria vibram alto cantar das mensagens do qu’ali foi inumado.
Notas do autor:
O poema: Jamais alguém poderia sequer supor que um só filho desta Pátria se acovardasse ante a possibilidade de morrer no cumprimento do dever. Os que vivem uma existência honrada sem desejos pelos bens mundanos não temem a morte. Sempre respondem os apelos com prazer fazendo o desejo de uma vida honrada sobrepor-se ao de acumular bens materiais. Durante o decorrer do diz o sol incide verticalmente sobre o “Panteão de Heróis”, dali ecoando mensagens de patriotismo a um povo altivo que entende a noção de cultivar o amor à Pátria, à Família e às Coisa Naturais
mofino: adj. e s.m. Infeliz, acanhado, tacanho.
estáter: s.m - Moeda da Grécia antiga, de ouro ou prata.
zênite: Ponto da esfera celeste que se encontra na .direção da vertical ascendente ao ponto de observação.