NEOLOGÍSTICO
A nos fiarmos nos poetas, todo nome
Que se inventa é ao povo que pertence.
Sim, a palavra, qual palco circense,
Quer-se aplauso onde o público a retome.
Escrever tal-qual leão que alto se dome
No picadeiro a quem vem, vê e vence.
Pois verdadeiro o ardor se nos convence,
Senão algo que o frívolo consome...
Se as palavras têm algo a mais dizer...
O espetáculo está, pois, em recriá-las
Com risco de ninguém nada entender.
Deixai passar os leões! Oh abre alas!...
E chova sobre nós a não poder
Confete e serpentina como galas!
Belo Horizonte – 20 01 2001
Ubi caritas est vera
Deus ibi est.