VENTO INESPERADO
(Jairo Nunes Bezerra)
Vento forte circulou... A sala ficou desarrumada,
Papéis visualizados voaram pelo espaço...
Anotações diárias ficaram avassaladas,
Pela natureza foi influenciado o descaso!
Até o teu retrato despregou-se da parede ao lado,
Embevecido voltei a fita-lo com veemência...
De lágrimas meus olhos ficaram embaçados,
Ternas lembranças, refletida congruência!
Vou saltitando atrás dos papéis liberados,
Acionados pelos ventos agitados,
Tentando recuperar os versos circulantes!
Alguns pelas minhas mãos foram aprisionados,
Outros seguiram rumos ignorados,
E fui constrangido, à busca deles, virar andante!