Tens razão
Tens razão que a escrita faz-me faminto
Faminto de escrever a nossa amizade
Faminto de te ter para conversar
Estou faminto de ser teu por um bocado
E nessa ousadia de felicidade
Quebro a monotonia de verdade
E lembro as caricias que trocamos
Nas palavras perdidas naquela tarde
Nos dias que queríamos mas nunca nos beijamos
Era amizade? Era amor?
Era muita ansiedade
Hoje, agora sinto esse calor
De poder ser minha de verdade
Porque não tendo sido assim
Era assim que deveria de ser.
João Garcez, Novembro 2015