Depressa ali cheguei
escrevendo histórias
com poesia acompanhada
de versos datilografados
na minúcia de todos
os detalhes tecidos
com arte e alegria
Ali
me libertei
de todas as embriagantes
palavras intuitivas
onde sem mais censuras
te recrio
habilmente numa estética
inexplicavelmente,absoluta
analítica…sintética
Ali
enfeitamos cada instante
de vida
aniversariamos o tempo
com unânimidades quase
fatídicas
Ali
expressei-te a minha
linguística em meigos afagos
enamorados pela tua sintaxe
Ali
choraminho por teu
carinho
Ergo-te eclético um poema
dotado de estética
escrevinhando louco
e poético
toda a minha existência
Ali
sei-o
tudo sabe a pouco
até a quietude profética
esperando-me a cada
momento caprichoso
onde me entrego
pra me enxagures todas
as lágrimas desta rompante
e tão colossal saudade
Ali
emprestamos nossas asas
ao doce esvoaçar de cada
emoção
ausentando-nos ali
entre ecos pardacentos
desfilando sigilosamente
em comoção
Ali
todos os destinos sequestram
até o tempo que amadurece
aperfeiçoando-te
redesenhando com
giz e simplicidade
na elíptica e redundante
lágrima que deambula
regurgitando piropos baloiçando
em toda a minha monotonia itinerante
Ali
recordar-te-ei
transladando cada pensamento
assim devagarinho
colorindo teus céus ofegantes
Desejarei afogar-me
fatalmente em cada pestanejar
da noite
assim acorde o dia
e nós ali
radiantes, reencontramo-nos
consumindo cada parcela do tempo
lenta e extravagantemente
FC